A QUARENTENA ATROZ VIVIDA POR MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

"O marido de Márcia também é professor. Gestor de escola, ganha um salário maior que o dela e o apartamento está alugado em seu nome. Ele usa isso como argumento para se manter em casa. Sem uma medida protetiva, ela não tem justificativa legal para expulsá-lo. Com a ajuda de uma amiga, ela achou um novo apartamento e já até pagou a mudança, mas não tem como levar os móveis enquanto ele estiver em casa confinado.
Sem trabalhar, seu marido tem bebido cerveja o dia todo. Para o aniversário de 1 ano de seu bebê, no início de abril, Márcia confeccionou potes de vidro de papinha, com bonequinhos de biscuit e fitas com um tecido especial. No último rompante de raiva, ele destruiu todos os potes, arrancou o celular dela e o espatifou na parede. Foi o terceiro aparelho quebrado. “Preciso esperar um dia que ele saia por um longo tempo de casa, para eu levar o que é meu”, explicou Márcia, que falou com a reportagem durante um breve momento em que ele se ausentou."
leia reportagem de Natalia Portinari
Justiça de Saia » A QUARENTENA ATROZ VIVIDA POR MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA