PASQUIM 51 ANOS
Uma série de compactos lançados em 1972 que traziam, de um lado, um artista consagrado, e do outro, um artista ou uma parceria como revelação.
O compacto vinha encartado numa revista com artigos sobre música, as fichas dos músicos apresentados, partituras da músicas, cartuns musicais, etc.
Sérgio apresentou a ideia para o Jaguar que logo topou, entusiasmado, junto com o resto da Turma do Pasquim. A curadoria era do próprio Sergio, que passou a ouvir fitas de toda parte do país. Era quem convidava os artistas e combinava as gravações. Haroldo Zager editava a revista e Jaguar fazia as ilustrações.
Para sentirem a importância da coisa: a primeira faixa do primeiro compacto foi justamente a estreia mundial da canção emblemática de Tom Jobim, Aguas de Março. Em primeiríssima mão.
E do outro lado a grande revelação da dupla João Bosco e Aldir Blanc, com a estonteante Agnus Sei.
No segundo lançamento a faixa A trazia Caetano Veloso homenageando Luiz Gonzaga.
No verso, a estreia em disco de outra dupla da pesada, Fagner e Belchior, com a belíssima Mucuripe.
Numa dessas histórias inexplicáveis que aconteciam com o Pasquim, o projeto não foi adiante. Confusões de administração, porralouquices dos caras, a bagunça que era o jornal e a empresa... Saíram somente essas duas edições.
O terceiro compacto fora gravado mas nunca viu a luz do dia. E olha que trazia o retorno de Geraldo Vandré, após seu exílio, e o lançamento do inédito Elomar.
O quarto, programado, teria Gilberto Gil apresentando nadamais nadamenos do que Expresso 2222.
Enfim, o Disco de Bolso durou pouco mas fez um grande sucesso e foi um marco na história da MPB.