TVE E A DESTRUIÇÃO DE ACERVOS
Lamento que os programas do Flávio não existam mais, sua rica memória de trabalhos voltados às crianças. Danos morais e culturais incalculáveis.
Temo que uma obra que realizei e deixei lá, com cerca de 200 programas e documentários, também não exista mais. A minha e também a de outros.
A verdade é que os cargos de direção naquela entidade, com seus diversos nomes e fases, foram poucas vezes ocupados por pessoas que entendessem a finalidade, a proposta e a missão daquela instituição, a de produzir, difundir e manter e guardar cultura e educação.
Poderia aqui citar nomes dos vilões e impostores que estiveram por lá nesses cargos, já que trabalhei e vivi por lá durante 27 anos, de 1973 a 2000, desde a ditadura militar até o final de FHC. Mas não vou citar essa canalhada. Vale lembrar nomes que construíram e não os que destruíram. Entre os primeiros estão Gilson Amado, Jacy Campos, Lourival Marques, Geraldo Casé, Roberto Parreira, Fernando Pamplona, Sonia Garcia, Fernando Barbosa Lima, talvez os principais e históricos nomes a serem lembrados e celebrados, podem faltar alguns. Lembrar tb de nomes importantes e emblemáticos de formadores de opinião que já estiveram na tela do canal 2, como Ziraldo, Fernando Lobo, Jonas Rezende, Milton Temer, Albino Pinheiro, Alberto Dines, entre outros. Bem como artistas importantes e queridos como Grande Othelo, Lúcio Alves, Neila Tavares, Miele, Bia Bedran, Sérgio Brito e Flávio Migliaccio.
Repugnantes os destruidores e apagadores de memórias culturais.
Lamentável esse país e a maioria de seus gestores públicos nas áreas da cultura e da educação.
É só olhar pro lado e ver que isso continua, com Weintraubs e Reginas.