"O Jair que há em nós": Bolsonaro dá voz ao que há de pior nos brasileiros

"Quando me refiro ao brasileiro médio, obviamente não estou tratando da imagem romantizada pela mídia e pelo imaginário popular, do brasileiro receptivo, criativo, solidário, divertido e "malandro". Refiro-me à sua versão mais obscura e, infelizmente, mais realista. No "mundo real", o brasileiro é preconceituoso, violento, analfabeto (nas letras, na política, na ciência... em quase tudo). É racista, machista, autoritário, interesseiro, moralista, cínico, fofoqueiro, desonesto".
Agora esse cidadão comum tem voz. Ele de fato se sente representado pelo Presidente, que ofende as mulheres, os homossexuais, os índios, os nordestinos. Ele tem a sensação de estar pessoalmente no poder quando vê o líder máximo da nação usar um palavreado vulgar, frases mal formuladas, palavrões e ofensas para atacar quem pensa diferente. Ele se sente importante quando seu "mito" enaltece a ignorância, a falta de conhecimento, o senso comum e a violência verbal para difamar os cientistas, os professores, os artistas, os intelectuais, pois eles representam uma forma de ver o mundo que sua própria ignorância não permite compreender""
leia artigo de Ricardo Kostcho, citando Ivan Lago
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