Nos piores anos da mordaça, O Pasquim foi a voz do Brasil
"O Pasquim deu certo porque pegou todo mundo desprevenido. Em 13 de
dezembro do ano anterior, o governo militar baixara um ato
institucional, o de número cinco, que determinara o fechamento do
Congresso, o fim das garantias constitucionais, a censura a vários
veículos da imprensa, a asfixia quase letal ao Correio da Manhã e a
implantação de um regime de força, comandado agora pelos três militares
hidrófobos que formavam uma junta governativa.
Como soltar um jornal de humor num momento desses? Pois O Pasquim
revelou-se exatamente o que o médico tinha receitado ao país —um veículo
para o deboche contra tudo que parecesse severo, “respeitável”,
oficial.
Se não se podia falar de política, podia-se debochar do oficialismo que se tentava impor ao país na cultura e nos costumes. “Um folião no velório”, como ele se autodefiniu."
MAIS NO ARTIGO DE RUY CASTRO
Se não se podia falar de política, podia-se debochar do oficialismo que se tentava impor ao país na cultura e nos costumes. “Um folião no velório”, como ele se autodefiniu."
MAIS NO ARTIGO DE RUY CASTRO