PASQUIM 50 ANOS
Em
1972 o compositor Sérgio Ricardo desenvolveu um projeto histórico junto com O
Pasquim. Os festivais que lançaram os grandes nomes da MPB da época estavam em
declínio e surgia uma leva de compositores excelentes que não tinham espaço
para mostrar suas canções. O Disco de Bolso foi então uma série de compactos
com um artista famoso de um lado e um artista (ou dupla) desconhecido do outro.
O famoso chamaria atenção para o desconhecido. O disco vinha encartado numa
revista falando desses artistas e com artigos sobre a cena musical.
O Lado B, mais uma vez, foi o responsável pelo lançamento de dois nomes excelentes: Fagner e Belchior, com uma das músicas mais bonitas da MPB: "Mucuripe". Esses dois abririam a porteira inclusive para todo um segmento de compositores nordestinos que marcariam os anos 70 e 80.
Para o segundo disco da série foi convidado Caetano Veloso. Caetano
preferiu gravar uma música que não fosse de sua autoria e assim surgiu uma
releitura de um clássico de Luiz Gonzaga: "A volta da Asa Branca".
O Lado B, mais uma vez, foi o responsável pelo lançamento de dois nomes excelentes: Fagner e Belchior, com uma das músicas mais bonitas da MPB: "Mucuripe". Esses dois abririam a porteira inclusive para todo um segmento de compositores nordestinos que marcariam os anos 70 e 80.
Mesmo com todo seu sucesso o Disco de Bolso não teve continuidade. Era
uma fase em que O Pasquim era administrado de maneira muito desorganizada. E o
terceiro compacto, já programado, seria a revelação de Alceu Valença e Geraldo
Azevedo, e com Gil lançando seu “Expresso 2222”. Nos próximos, Vandré, Elomar,
Egberto Gismonti...