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    domingo, outubro 13, 2019

    Como manter a sanidade apesar da política




    Danilo Thomaz e Robin Chancer

     ­ Foto: Montagem com reproduções

    "Christian Dunker, psicanalista e professor da Universidade de São Paulo (USP), disse não se lembrar de tempos como os atuais. “Atendo há 30 anos, já assisti a outros momentos tensos. Mas nunca a política ocupou tanto espaço na vida das pessoas.” 

    Ele contou que, entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2018, viu “namoros serem rompidos, violências serem praticadas”. A pauta política voltou com força no mês de agosto de 2019, com a crise em torno do desmatamento da Amazônia. “Foi uma espécie de materialização de algo errado acontecendo”, afirmou. “A formação de um dia que mudou sua atmosfera em função de queimadas produziu 1 grama a mais de realidade para nossos pesadelos, dando concretude aos pesadelos e inseguranças das pessoas. Está havendo uma percepção gradual de que aquelas ameaças ( do presidente ) têm um impacto real.” 

    Para Dunker, o presidente Bolsonaro é um agente de ativação “das modalidades de sofrimento e de sintoma que já estão presentes” nas pessoas. “Ele torna mais agudo os conflitos familiares, de raça, de gênero, de classe. Faz isso ao se instituir como referência simbólica para a prática da autoridade pública, o registro opressivo. Isso tem poder de incrementar a angústia que já estava lá.” 

     ­ Foto: Montagem com reproduções

    O psiquiatra e psicanalista Rodrigo Lage, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, tem observado “a exacerbação de ansiedade e de angústias, muitas vezes ante manifestações públicas de governantes que geram medo e insegurança”. Ele citou uma entrevista recente de Bolsonaro ao programa Na lata , apresentado por Antonia Fontenelle, ex-mulher do diretor de telenovelas Marcos Paulo, que se notabilizou na briga pública por seu espólio e, ao declarar apoio a Bolsonaro em 2018, disse que feminismo era “mimimi”. Na ocasião, o presidente afirmou que qualquer arranjo familiar que saísse da estrutura tradicional homem e mulher era “lixo”. “Esse tipo de fala desmonta, agride, ataca essas pessoas. Tem o efeito de refazer traumas antigos, de reabrir feridas profundas”, afirmou Lage. “Nas democracias, os governantes em altos cargos têm, para além do lugar objetivo, de administrador, um lugar simbólico, que funciona como mediador, como guardião desse pacto civilizatório. Se vejo alguém que ocupa tal lugar falar que minha forma de amar, de me organizar em família é um lixo, isso gera medo. Se vejo um governador relativizar a tortura, isso gera muito desamparo — e medo.” 

    leia reportagem de Danilo Thomaz e Robin Chancer


    ­ Foto: Montagem com reproduções
     

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