Linha do tempo revela falhas na narrativa que atribui vazamentos da Lava Jato a hackers paulistas

"Em nota divulgada na época, a assessoria de Moro disse que ele deixara de usar o Telegram havia dois anos, ou seja, em 2017. Isso é importante porque o Telegram exclui totalmente contas inativas há seis meses, com a opção de estender esse prazo a no máximo um ano. O invasor da ocasião não teria como recuperar as conversas pois elas já teriam sido excluídas pela plataforma há pelo menos um ano.
Além disso, é preciso atentar à distância temporal entre a invasão e a publicação da primeira reportagem da Vaza Jato: apenas cinco dias. Glenn Greenwald, cofundador e editor do TIB, disse que o arquivo de conversas que eles têm “é maior que o arquivo que recebemos do Snowden”, em referência ao escândalo de espionagem da NSA nos Estados Unidos, em 2013.
Não diria que é impossível, mas seria no mínimo irresponsável a qualquer publicação apurar e colocar no ar uma reportagem de tamanha relevância com base em um arquivo tão extenso. Se alguém conseguir fazer isso em cinco dias, ainda mais em uma equipe pequena como a do TIB e com um resultado tão apresentável e detalhado (sem nem entrar no mérito do conteúdo), é um feito e tanto, digno de ser analisado e aprendido em todas as redações e faculdades de jornalismo mundo afora."
mais no artigo de Rodrigo Ghedin
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