Começam a soar os alarmes sobre a sustentabilidade da Presidência de Bolsonaro |

"Preocupa à sociedade democrática um presidente que parece
alheio às reformas enquanto se perde em fantasia messiânicas, como
quando afirma que ainda “não nasceu para ser presidente”, pois foi algo
que Deus lhe impôs. E assim repete, às vezes chorando diante das câmeras
de televisão, enquanto levanta a camisa e mostra as cicatrizes do atentado que sofreu durante a campanha eleitoral. Deus, segundo ele, está ao seu lado e o escolheu como um novo Messias.
Junto a esse messianismo profético, o presidente continua
tão obcecado em armar os brasileiros que seu primeiro decreto foi para ampliar a posse de armas
e seu porte para toda a sociedade, decreto contra o qual acabam de se
manifestar 73% dos brasileiros, segundo a última pesquisa de Ibope.
Multiplicar as armas nas mãos das pessoas deve parecer melhor para o
país que multiplicar o pão nas mãos dos ainda milhões de pobres e as
possibilidades para os jovens de um ensino que os prepare para se
realizarem em liberdade e criatividade. E sem absurdas receitas de
escolas sem partido, de alunos espiões e denunciantes de seus
professores e o pavor de que nelas se possa falar de sexo, que é como
proibir falar da vida."
mais na coluna de JUAN ARIAS:
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