Os outros 'rolos' de Fabrício Queiroz
Na tarde de 3 de novembro de 1998, Paixão contou à juíza Andrea Fortuna Teixeira, da 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, que não foi preso na rua. Pelo contrário, estava na casa de uma vizinha trabalhando como mecânico. Em 30 minutos, ele disse à magistrada que a “polícia foi ao local e prendeu o depoente com o objetivo de tirar dinheiro, que os policiais disseram que, se o depoente não desse R$ 20 mil, seria embuchado”. Disse mais. Diversas pessoas da comunidade tinham presenciado tudo. Até a alegada chantagem. Ele admitiu que sua condição de condenado e negou portar qualquer arma ou droga. Não tinha advogado.
Dias depois, quatro testemunhas de defesa foram ouvidas em juízo e confirmaram com detalhes o relato de Paixão. Inclusive a dona da casa onde tudo aconteceu, Dulcelina Arcangela dos Santos. Ela explicou que tinha acabado de fazer café quando a “polícia bateu na porta e entrou no barraco, prendendo o acusado dentro da casa da depoente”. Santos contou não ter presenciado o início da conversa dos policiais com Paixão, mas ouviu quando ele disse aos policiais: “Não tenho de onde tirar R$ 20 mil”. "
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