o gurufim do alfredinho e o desfile da mangueira
a gente tá na merda. aqueles que se preocupam com o outro, com o ser humano, com o mundo à nossa volta, estão soterrados pelo lamaçal do ódio e do egoísmo, a areia movediça da boçalidade suga todos para o fundo e não conseguimos respirar.; o peso de uma escuridão viscosa cobre de melancolia desesperança e desespero as paisagens desoladas do arraso.
quem navegou por tanto tempo descobre que a terra é plana e nossa nau despenca no abismo. no leme, carontes desgovernados.
vejo tante gente sendo abatida e isso me abate me bate oco sem sentido. sem rumo prumo pruma sensação de não ter valido a pena ter vivido tanto e por tantos.
essas sensações afundaram mais um patamar de lágrimas esta semana com as comemorações festivas e fétidas pela morte do neto do lula, uma criança de sete anos. a que ponto soçobramos.
dois acontecimentos de fortes emoções, porém, no longo dia de ontem, me deram um calor e esperanças.
o gurufim pelo alfredinho e o desfile da mangueira.
o gurufim pelo alfredinho e o desfile da mangueira.
gente, gente junta, gente que pensa, que contesta, que resiste, preciso me cercar dessa gente, preciso me achar nessa multidão, que canta samba grita, que evolui na avenida e tenta evoluir seus sentimentos
que nao quer ser ameba, ser merda, vomitar medos, e mais, quer cantar juntos, na harmonia de vozes historias vidas. somos díspares, distintos, mas unos.
e não disparos de tiros trolagens e posts podres
preciso respirar.
solidariedade
ontem, enchi os pulmões, e soltei canções.
nossa voz somos nós.
e não disparos de tiros trolagens e posts podres
preciso respirar.
solidariedade
ontem, enchi os pulmões, e soltei canções.
nossa voz somos nós.
tristeza, por favor vá embora
minha alma que chora
está vendo o seu fim
eu quero um país que não tá no retrato
na luta é que a gente se encontra
minha alma que chora
está vendo o seu fim
eu quero um país que não tá no retrato
na luta é que a gente se encontra
