Comemorar o quê?
"Você não é nada, é um corpo à mercê deles para sentir dor." Maria Aparecida Costa ficou presa entre 1969 e 1973 por militar contra a ditadura. Foi torturada repetidas vezes na "cadeira do dragão" - uma cadeira elétrica, com assento, apoios de braços e espaldar de metal, onde uma pessoa, nua e molhada, era colocada com fios em seus pulsos, orelhas, língua, dedos, seios, genital, uretra. Um cabo de madeira afastava as pernas e, a cada espasmo, ambas nele batiam, provocando ferimentos. A ideia era você falar, mesmo que não soubesse nada.
Ex-aluna de Direito da USP, que depois se tornaria procuradora do
Estado, Maria Aparecida contou para mim e para a equipe da TV UOL sobre
sua prisão e torturas, comparando aquele momento com o que vivemos hoje.
"Comemorar o quê?", ela pergunta, questionando as ordens de Jair
Bolsonaro aos quartéis para transformar a data de sequestro da
democracia em festejo
Contar histórias como a dela, neste 31 de março, aniversário do golpe militar de 1964, é importante para que as novas gerações que não viveram a ditadura entendam que a liberdade do qual desfrutam, hoje, não veio de mão beijada. Mas custou o sangue, a carne e a saudade de muita gente.
(Clique no link abaixo para assistir a entrevista em vídeo)
Contar histórias como a dela, neste 31 de março, aniversário do golpe militar de 1964, é importante para que as novas gerações que não viveram a ditadura entendam que a liberdade do qual desfrutam, hoje, não veio de mão beijada. Mas custou o sangue, a carne e a saudade de muita gente.
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