Jair Bolsonaro, até aqui, joga no escuro
"Se alguma ambiguidade é constitutiva da política, pois atende à imperiosa necessidade de construir alianças entre diferentes, o caso do futuro governo parece ser mais da ordem do duplo confusionismo. Um que emana da descoordenação e outro que visa confundir opositores. O problema é que o segundo “justifica” o primeiro e encobre deficiências.
Vencida a eleição com uma plataforma vaga e contraditória —popular e ultraliberal, nacionalista e entreguista, fundamentalista e modernizante—, o presidente eleito agora será obrigado a tomar decisões.
Cada uma delas implicará contentar uns e descontentar outros dos aliados que subiram à arca vencedora. Nada indica, até aqui, que o mandatário disponha de um plano de voo por entre os obstáculos."
LEIA A COLUNA DE ANDRÉ SINGER