O tudo ou nada de Alckmin

"Bolsonaro é o único com legitimidade e autoridade para resolver as frequentes disputas ferrenhas dentro de sua equipe. Sem ele na coordenação, a confusão se instalou. Errar no tom da reação ao atentado nem foi o acontecimento mais desastrado. Mas foi muito danoso para a candidatura. O presidente do partido fez chamamento à guerra – e não esteve sozinho nessa batalha de Itararé. O próprio Bolsonaro, desconectado do sentimento das ruas e sem informação suficiente sobre o clima geral, posou cheio de tubos, no leito de hospital, com as duas mãos engatilhadas em forma de revólver. Uma vítima querendo revidar, ir para o ataque. Erro crasso de estratégia.
Sem a presença física do capitão-candidato nas ruas e na cobertura jornalística, não vai ser fácil manter viva uma campanha que já não dispunha de estrutura e recursos. Ainda mais quando toda a estratégia foi montada em torno da candidatura viril e forte, capaz de superar qualquer obstáculo. Tendo se apresentado como mito, Jair Bolsonaro surgiu como um ser humano vulnerável. Seu processo de recuperação será longo e exigirá isolamento hospitalar. Isso está muito longe de ser pouco em termos de perda para a imagem que construiu para si."
mais no artigo de MARCOS NOBRE
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