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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    sexta-feira, junho 15, 2018

    O eterno Galvão


      Torcida acompanha a Seleção em 2014 , sob narração de Galvão Bueno: em 2018 será igual

    " Os brasileiros serão obrigados a suportar um narrador em especial durante mais uma Copa. É o preço pago por uma meritocracia que protege um establishment que mantém o Brasil preso no seu próprio passado.

    Torcida acompanha a Seleção em 2014 , sob narração de Galvão Bueno: em 2018 será igual

    Torcida acompanha a Seleção em 2014 , sob narração de Galvão Bueno: em 2018 será igual

    Quando a Seleção entrar em campo para a sua primeira partida no Mundial da Rússia, neste domingo, um homem estará lá mais uma vez: Galvão Bueno. Como acontece em toda Copa do Mundo – há 35 anos!

    Com timbre sonoro de voz, ele vai narrar a partida e gritar "Olha o gol” de vez em quando. Ele vai celebrar o seu queridinho, Neymar, o garoto-propaganda mais caro do Brasil. Mas Galvão não vai contribuir essencialmente para a compreensão do jogo.

    Após o apito final, o jornalista de 67 anos ficará de pé na cabine de imprensa da TV Globo, acompanhado por dois comentaristas e um ex-jogador. Como sempre, será um evento tenso protagonizado por senhores idosos de terno, gravata e poses idênticas e cujas análises não vão muito além de "o jogo foi bom ou ruim". Dezenas de vezes, repete-se o que o público já viu. A falta de conteúdo é dissimulada com piadinhas e frases melodramáticas como "Tite nos resgatou o orgulho de ser brasileiro".

    A estética da emissão lembra o fim dos anos 1980, início dos anos 1990. Como esse, de qualquer maneira, muitos programas da televisão brasileira parecem como se o mundo tivesse parado há 30 anos. O melhor exemplo ao lado de Galvão é o sexista Domingão do Faustão."


    mais no artigo de Philipp Lichterbeck​

    O eterno Galvão | Colunas semanais da DW Brasil | DW | 13.06.2018: Os brasileiros serão obrigados a suportar um narrador em especial durante mais uma Copa. É o preço pago por uma meritocracia que protege um establishment que mantém o Brasil preso no seu próprio passado.

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