No primeiro ano de governo, Crivella cumpriu apenas 9 de 54 promessas

Fontes da própria administração municipal citam decisões equivocadas que causaram prejuízos à prefeitura ou à qualidade dos serviços públicos. Erros que teriam começado antes mesmo da posse: Crivella demorou a montar uma equipe de transição e participou pouco do processo, já que optou por exercer o mandato de senador até meados de dezembro de 2016. Em janeiro deste ano, exonerou todos os ocupantes de cargos de chefia, mas a substituição dos demitidos levou meses e houve situações constrangedoras, como o caso de dois assessores cujas nomeações saíram depois que já haviam morrido.
Na área de saúde, a decisão de retardar o repasse de recursos para fornecedores e organizações sociais responsáveis pela administração de cerca de 170 unidades levou ao desabastecimento de hospitais. Profissionais terceirizados entraram em greve e começaram a faltar remédios.
Ao longo de 2017, Crivella colecionou polêmicas. Eleito com o apoio de dirigentes de escolas de samba, não apareceu na Sapucaí no carnaval e cortou pela metade a subvenção das agremiações. Eventos tradicionais como a Parada Gay e a procissão em homenagem a Iemanjá também ficaram sem recursos. O prefeito teve ainda o desgaste de ver a nomeação de seu filho Marcelo Hodge para a Casa Civil anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que a considerou um ato de nepotismo. Também foi alvo de críticas por afrouxar a fiscalização de ambulantes — o alto índice de desemprego foi usado como justificativa.
Mais na reportagem de Luiz Ernesto Magalhaes
posted by Ricky at 11:37
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