Bolsonaro se veste de liberal e seus eleitores mantêm apoio (quase) incondicional

"Hoje, aparentemente decidido a abraçar o liberalismo, suas propostas causaram estranheza pelo contraste com seu histórico em mais de duas décadas de atividade política. O Bolsonaro de hoje anuncia um "namoro hétero" com o economista Paulo Guedes, considerado um dos mais liberais economistas brasileiros, e diz que poderia ser seu ministro da Fazenda. Mas o Bolsonaro do ontem foi contra medidas de austeridade fiscal e restrição de benefícios trabalhistas durante os mandatos de Dilma Rousseff. Também chegou a defender o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso por privatizar a Vale do Rio Doce e “entregar nossas reservas petrolíferas para o capital externo”.
A virada liberal do deputado busca apoio no mercado, nos investidores e nos agentes econômicos que veem mais do que incertezas num candidato de posições radicais, mas que avança nas pesquisas para 2018 em segundo posição –com 17% das intenções de voto– na última pesquisa Datafolha. Poderia se pensar que parte dos seus eleitores, a maioria assalariada, entre os quais há também muitos militares e 60% de jovens menores de 34 anos, não vissem com bons olhos a nova face liberal do candidato. Mas não. “Eles são eleitores muito convictos. Mais ou menos como os eleitores de Lula no Nordeste. Eles adotaram o candidato como se fosse uma religião”, avalia o diretor do Datafolha, Mauro Paulino"
leia reportagem de maria martin
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/23/politica/1511456838_152216.html#1511456838_152216_1511458279