“Minha família quer que eu venda tudo e vá embora daqui”: a nova vida sem rotina na Rocinha

"Luiza denuncia, como outros moradores, ter tido sua casa invadida pela polícia. Estava no chuveiro quando um grupo de cinco soldados do Bope arrombaram sua porta na terça-feira. Sem mandado, assegura. “Enrolei a toalha correndo e fui ver o que acontecia. Me chamaram de piranha e de puta", susurra no ouvido. "Não têm nenhum tipo de respeito com a gente. Tenho até vergonha de repetir tudo o que me xingaram”, conta. “Reviraram a casa toda, jogaram a TV no chão e disseram que estavam mortos de fome. Foram na geladeira e comeram todos os iogurtes e as frutas que eu tinha comprado para os meus filhos”, continua, agora segurando as lágrimas. "Minha família quer que eu venda tudo e vá embora daqui. Mas o barraco onde eu moro é simples, mas é meu, trabalhei muito mesmo para conseguir", diz, já aos prantos. "
leia reportagem de MARIA MARTÍN
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