Os cartuns de Belmonte, com Juca Pato na dianteira, cutucavam um Brasil visceralmente medíocre.

"Careca, de óculos de aros redondos, gravata-borboleta, fraque e polainas, a caricatura acabada de um janota da Primeira República, Juca Pato virou sucesso instantâneo. A rigor, ficaria mais conhecido que o próprio criador. O carimbo definitivo da popularidade veio já no Carnaval seguinte, quando virou ao mesmo tempo tango e maxixe. O deboche de Juca Pato e o do Carnaval – tudo a ver.
“Por meio do inconformado e contestador Juca Pato”, escreve Gonçalo Junior, “Belmonte interpelava presidentes, governadores e prefeitos sobre suas responsabilidades públicas, ridicularizava os interesses políticos mesquinhos, reclamava do desdém com que as autoridades tratavam a população e a cidade, expunha os esforços que o cidadão comum fazia para melhorar de vida, revelava as contradições da modernização apressada de São Paulo, satirizava os novos hábitos de seus contemporâneos"
mais no artigo de Nirlando Beirão
Um Pato muito diferente dos de hoje, fantoches de sanguessugas do poder — CartaCapital: