Crise abre espaço para alternativos no jornalismo

"Muitos já se cansaram de ver gente (humoristas, atores, músicos, etc.) discutindo assuntos completamente fora do seu domínio por oferecem, como único atrativo, a popularidade de sua persona.
O que temos visto é a grande parte da mídia pautar suas matérias, com muita frequência, em releases e não em investigações (vide as ações da Polícia Federal ou das promotorias). Tem sido cada vez mais raras matérias como as de Gil Alessi no jornal El País sobre o projeto que acabaria com o estatuto do desarmamento, em que o jornalista assume uma postura crítica frente aos argumentos do deputado federal autor do projeto. Pesquisar, perguntar, apertar, ir mais a fundo, esmiuçar, verificar, utilizar dados parece ter virado incomum no jornalismo do dia-a-dia.
Também chama atenção que cada vez mais os jornais têm se assemelhado a mera plataforma de discursos, muitos dos quais não se sustentam à mais simples checagem. Pior, uma plataforma que não se limita somente aos artigos de opinião: os discursos transpiram fortemente nas reportagens justamente pela falta de criticidade dos profissionais de jornalismo que os escrevem (ou transcrevem)."
mais no artigo de Alexandre Marini
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