A CRISE ESTÁ MUDANDO DE PATAMAR
De Maringoni:
É difícil dizer se a bússola está correta no meio da tempestade, com o navio jogando de um lado para outro. Mas há fortes sinais de que a crise brasileira esteja mudando de patamar. Para pior.
Duas ordens de eventos são significativos, nos últimos dias.
A PRIMEIRA é a redução de expectativas de retomada da atividade
econômica para o próximo ano. As diretrizes adotadas pelos governos
Dilma e Temer, longe de facilitarem a recuperação, nos jogaram em queda
livre. Se entrarmos em 2017 com baixa de investimentos e sem sinais de
ações anticíclicas por parte do Estado, podemos ultrapassar os efeitos
internos da crise de 1929, quando tivemos dois anos consecutivo
(1932-33) de PIB negativo.
A SEGUNDA é que a crise social começa a dar sinais dramáticos de descontrole. A situação do Rio de Janeiro pode se tornar um aperitivo do que vem por aí. Lá, o governo não governa e os serviços públicos começam a entrar em pane. As mobilizações tendem a crescer menos pela capacidade organizativa de grupos ou entidades e mais pelo desespero com o desemprego alto e quedas significativas no padrão de vida dos funcionários públicos. A isso se junta a revolta do aparato de segurança, com brados a Bolsonaro e à violência como forma de luta.
Não temos ainda cenas de saques e depredações pelo país, de forma significativa. Um colchão social montado nos últimos anos ainda contém esse tipo de coisa. A bem da verdade, registre-se: desde o início do governo Lula não temos mais saques em regiões pobres.
O caso da invasão do Congresso por um grupo de extrema direita é sinal de que o próprio conservadorismo começa a perder controle de suas bases. E isso é para lá de perigoso.
A crise econômica mesclada com a social e sem um vetor de esquerda capaz de organizar o conflito distributivo - como foi o PT entre os anos 1980-2000 - nos leva ao pântano.
Por isso, cada fagulha de organização popular, cada revolta com direção deve ser estimulada. Para que se evite o caos que se avizinha e que interessa apenas à direita. A denúncia e o ataque a cada esgar antidemocrático é essencial.
A SEGUNDA é que a crise social começa a dar sinais dramáticos de descontrole. A situação do Rio de Janeiro pode se tornar um aperitivo do que vem por aí. Lá, o governo não governa e os serviços públicos começam a entrar em pane. As mobilizações tendem a crescer menos pela capacidade organizativa de grupos ou entidades e mais pelo desespero com o desemprego alto e quedas significativas no padrão de vida dos funcionários públicos. A isso se junta a revolta do aparato de segurança, com brados a Bolsonaro e à violência como forma de luta.
Não temos ainda cenas de saques e depredações pelo país, de forma significativa. Um colchão social montado nos últimos anos ainda contém esse tipo de coisa. A bem da verdade, registre-se: desde o início do governo Lula não temos mais saques em regiões pobres.
O caso da invasão do Congresso por um grupo de extrema direita é sinal de que o próprio conservadorismo começa a perder controle de suas bases. E isso é para lá de perigoso.
A crise econômica mesclada com a social e sem um vetor de esquerda capaz de organizar o conflito distributivo - como foi o PT entre os anos 1980-2000 - nos leva ao pântano.
Por isso, cada fagulha de organização popular, cada revolta com direção deve ser estimulada. Para que se evite o caos que se avizinha e que interessa apenas à direita. A denúncia e o ataque a cada esgar antidemocrático é essencial.
posted by Ricky at 14:52
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