Dylanismo

"Acho espantoso que cause tanto espanto, e até alguma revolta, o reconhecimento da Academia Sueca a Bob Dylan. Repetido aqui e no exterior, o queixume de que “um escritor jamais ganharia um prêmio de música” ignora o óbvio: Dylan ganhou o Nobel por seus versos, não por suas notas musicais. Aliás, elas nunca foram a principal razão para gerações serem atraídas para a sua obra, a despeito da beleza rascante de tantas de suas melodias.
Dylan sempre se posicionou como um homem da palavra. Ou da Palavra, se eu quiser continuar com minha analogia religiosa. Sempre se considerou mais poeta do que músico. As notas ao violão e à guitarra elétrica foram uma maneira de sua poesia atingir mais gente do que se ficasse nas páginas de livros."
leia a coluna de Arthur Dapieve
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