Prostituição na Rio 2016: O sonho agridoce das prostitutas da Olimpíada

As ruas do entorno ardem com a presença de dezenas de mulheres buscando dinheiro em troca de sexo. Mas aqui dentro o tédio impera até a noite bem avançada do sábado. Nos sofás, de ombros cansados, pequenos hematomas nas pernas e compridas unhas de esmalte fluorescente, seis mulheres de todo o Brasil contam suas histórias. A conversa seguirá por uma semana em outra boate, no centro do Rio, onde trabalham de segunda a sexta, no apartamento de alto padrão onde convivem com outras sete mulheres e no táxi que as leva diariamente para trabalhar, nos clubes ou até na praia.
Cada uma delas têm tatuada uma história: há uma auxiliar de necrópsia, uma comissária de voo, uma estudante de fisioterapia, uma aspirante a massagista com o novo testamento no bolso e várias mães. Há também uma miss e uma futura engenheira industrial que não quiseram dar entrevista. Todas elas têm em comum três coisas: transam por dinheiro, detestam seu trabalho e vieram ao Rio para fazer uma pequena fortuna durante a Olimpíada. A última das semelhanças é o sonho compartilhado de recomeçar: depois dos Jogos todas se imaginam recuperando uma vida normal.
leia a reportagem de MARIA MARTÍN
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FOTO LUISA DORR