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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    segunda-feira, agosto 22, 2016

    Abertura do Gabeira



    Texto de abertura, emocionado, escrito por Ziraldo, contando como aconteceu a célebre entrevista de Fernando Gabeira para O Pasquim.

    Não sei porque, eu disse: "Milton, pára esse carro aí e vamos dar uma voltinha pelos "Champs Elysées."

    A tarde de outono estava linda, íamos no carro o Milton Temer, minha mulher Vilma, minha prima Sônia do Amparo e eu. Milton Temer, um dos grandes jornalistas deste país — Veja, Placar; Editora Abril — é meu amigo, meu grande amigo, meu irmão. A gente não se via há bem uns cinco anos e estávamos, no seu carro, rodando por Paris, falando feito pobres no sol, querendo botar mais de mil e quinhentos dias em dia. De repente, cismei de parar. Parece que foi uma coisa programada, o tempo exato de parar o carro, a subida de cada degrau do estacionamento subterrâneo, a espera do sinal luminoso, os passos certos da travessia da avenida, tudo calculado para que, fazendo um outro calculado trajeto, a gente pudesse subitamente, dar de cara um com o outro. E eu dei de cara com o Fernando Gabeira.

    Meu conterrâneo Fernando Gabeira, meu corajoso amigo Gabeira, seu sorriso de santo, seus lisos cabelos caídos na testa — todos pretos ainda — seus "oclinhos", seu jeito calmo, seu abraço enorme, emocionado, interminável.

    Tudo o que conversamos nos dias que se seguiram está resumido nesta entrevista que vocês vão ler. Pedi a casa do Milton, seus queijos e seus vinhos, para fazer a entrevista. E já que, a cada minuto, encontrava um brasileiro no meu caminho, convidei para me ajudarem, o Darcy Ribeiro, o José Maria Rabelo (da Livraria Brasileira em Paris), o Geraldo Mayrink, da Veja (que também topei por lá) e, naturalmente, o Milton que, junto com minha mulher, atacou de fotógrafo.

    Sentado numa mesa redonda, num calmo apartamento de um banlieu de Paris, eu gravei — em todos os sentidos — a entrevista mais emocionante de que participei no Pasquim. Uma entrevista que eu gostaria que todos os brasileiros lessem. Todos. Meus filhos, principalmente. (Ziraldo)




    As Grandes Entrevistas do Pasquim
    episódio onze: Gabeira
    segunda dia 22 às 20:00
    reprise terça às 16:30
    reprise domingo às 11:00
    Canal Brasil

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