Abertura da Elke
O texto de abertura da entrevista com ELKE, escrita por JAGUAR, dá bem uma ideia da zorra que eram as entrevistas do Pasquim.
PRIMEIRO ESTÁGIO: TRANSAS
Marcamos um papo preliminar com Elke para combinar a entrevista. A chegada dela foi um acontecimento na rua Clarisse índio do Brasil. Chegou branquérrima (vá ser russa branca assim em Madureira), enrolada nos seus trapos divinosmaravilhosos, cabeleira blonde power, comboiada por dois amigos — Allan (o modista) e Geraldinho (o maquiador) — também com roupas piradíssimas. Bebeu-se muita batida de limão, e na altura da segunda garrafa, eu tinha certeza de que O PASQUIM tinha achado a sua nova musa. Pra comemorar tudo isso, fomos, Elke, os dois escudeiros, e eu comer um bife com fritas no Lamas.
Estávamos entrevistando uma feijoada quando Elke telefonou: "Meus queridos, posso dar a entrevista agora", De modo que mal acabamos de nos empanturrar com feijoada, engrenamos uma primeira e partimos pra entrevistar Elke. Por muito menos, muito nego teve congestão. Mas entre mortos e feridos salvaram-se todos.
TERCEIRO ESTÁGIO: AS FOTOS
Elke não quis fotógrafos durante a entrevista. "Estou um lixo." Depois sumiu e ficamos na maior bananosa. Cadê Elke? O que tava pintando era um desastre: entrevista sem fotos. Na véspera do fechamento do número, recebi um telefonem de Elke dizendo que estava em São Paulo mas passaria o dia seguinte no Rio pra ser fotografada pelo David Zingg prum anúncio de Tergal. Antes ia ser penteada pelo Silvinho, e depois das fotos teria que ir voando para participar do júri do Chacrinha. Telefonei pro Joubert e ele grudou na Elke o tempo todo. O resultado foi nossa musa no Silvinho, nossa musa sendo fotografada pelo David, nossa musa no Chacrinha. — (Jaguar)
Episódio Sete : Elke
Segunda às 20 horas
reprises terça às 16:30
e domingo 11:00
Canal Brasil