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    quarta-feira, março 09, 2016

    Remoções na Vila Autódromo expõem o lado B das Olimpíadas do Rio


       

    ""Bem-vindos" à Vila Autódromo, "a comunidade que venceu o prêmio internacional de urbanismo". Ali, espremidos entre o Parque Olímpico —que concentrará as principais atividades das Olimpíadas de 2016— e a lagoa de Jacarepaguá, no meio do gigante canteiro de obras que se tornou a zona oeste do Rio de Janeiro, os adolescentes andam de bicicleta nas ruas de terra batida e as crianças brincam no parquinho. Não há tráfico e nem milícia. O terreno é plano, de fácil acesso. E a vida, mesmo com todas as suas dificuldades, sempre foi tranquila, feliz. Seus moradores, há décadas vivendo lado a lado, batem papo nas esquinas, nos comércios e nos botecos. Mas o assunto parece ser único: resistir a deixar o local. "Todos nós temos medo, mas não podemos nos acovardar", discursa Maria da Penha Macena, de 50 anos, diante de duas dezenas de vizinhos que, às seis horas da tarde de um sábado, se reúnem na pequena igreja da comunidade."

    "Aqui é tudo diferente. O espaço é maravilhoso. Não é uma favela, é uma comunidade: tranquila, ordeira, pacífica. Temos nosso espaço, nossos pés de frutas, nossas casas são espaçosas", conta Penha, que também acolheu em seu terreno seus cunhados e sua mãe. "Éramos livres. Somos livres".

    "Começou, a partir de então, um assédio cotidiano dos funcionários da Prefeitura, segundo relatam os moradores. "O prefeito mente. Os moradores estão sendo coagidos a aceitar a indenização", diz uma pichação logo na entrada da vila. Bienenstein explica: "Esses funcionários dizem que a família deve sair senão vão perder tudo. Fazem pressão, dentro da comunidade e dentro das famílias".

    Essa pressão é a mesma estratégia (documentada no livro SMH 2016: Remoções no Rio de Janeiro Olímpico) aplicada em outras desocupações: as pessoas acabam cedendo e abandonam o lugar, as casas são demolidas e vários pertences —fogões, geladeiras, móveis— são deixados na rua. Os que ficam passam a viver em um insuportável cenário de guerra, ao mesmo tempo que são pressionados a fazer o mesmo. Os moradores vão ficando uns contra os outros e a favela acaba dividida. E assim, pouco a pouco, vai sendo removida."

    "A maioria dos cidadãos que são obrigados a deixar suas casas nas favelas do Rio de Janeiro são reassentados em áreas distantes da cidade, onde são construidos os edifícios do programa Minha Casa, Minha Vida (Governo Federal) ou Morar Carioca (Prefeitura do Rio), e sem poder de escolha. Esses programas habitacionais são, segundo conclui o mencionado livro, um instrumento de "segregação espacial", uma vez que "libera" as áreas mais valorizadas da cidade para a especulação imobiliária e remove a população mais humilde para as margens da área urbana, longe de suas relações sociais, familiares e de trabalho."

    " "É uma pena. A recuperação da Vila Autódromo poderia ter sido um legado, um cartão de visitas de como fazer Olimpíadas. Esse teria sido o legado verdadeiro"."


    leia a reportagem de Felipe Betim​
    Remoções na Vila Autódromo expõem o lado B das Olimpíadas do Rio | Brasil | EL PAÍS Brasil

    https://youtu.be/fnLiafOl_NA

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