Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital.
Desagua douro de pensa mentos.
quinta-feira, março 31, 2016
Emprego prego e um grampo
Uma vez, às 10 da noite, eu
já estava QUASE dormindo, quando toca o telefone. Eu atendo e o sujeito
me disse, do outro lado da linha (ainda se fala "do outro lado da
linha"?- mesmo se o telefone for celular?): "Boa noite. Eu sou
representante do Banco Santander e o senhor foi sorteado entre os nossos
melhores clientes pra receber nosso cartão 'Van Gogh'…" Eu interrompi, logo, o sujeito:
"Ah, muito obrigado mas não me interessa não. Não uso cartão de
crédito. Aliás, nem tenho. Uso só o de débito. Muito obrigado. Boa
noite." Como não houve resposta, esperei uns segundos e desliguei. Um minuto depois, o telefone tocou, novamente. "Olha aqui, eu tô trabalhando, viu ô BABACA? Vai desligar esse telefone na cara da ..." E antes que ele botasse minha (já falecida) mãe no meio da linha, bati (agora sim) o telefone na cara do sujeito. Acabei perdendo o sono. E fiquei, deitado, me perguntando: P-O sujeito precisa de emprego? R- Sim, precisa. P- O emprego é chato? R- Sim, é chato. P- É chato só pro empregado ou é chato pra outros? R- É chato pro empregado e pra outros…
P- Você é obrigado a escutar o sujeito durante 25 minutos MESMO se, no
final da conversa, não for comprar o que ele está lhe oferecendo? R-
Não, não é obrigado. E acho que é até mais honesto dizer: "Não estou
interessado, muito obrigado!" - e deixar o sujeito com mais tempo livre
pra procurar outros possíveis clientes. Depois, quando o sono foi chegando, tive pensamentos mais profundos:
"Como é que um banco põe o nome de 'Van Gogh' num cartão VIP? Nunca
deixariam Van Gogh, sujo e doido, entrar num banco Santander. Aliás,
talvez nunca telefonassem pro Van Gogh já que ele tinha uma orelha
faltando". -------- Não adiantou NADA. No dia seguinte, as 22:30 h., o mesmo sujeito ligou…
Me lembrei que, uma vez, vi na TV uma reprodução de gravação de alguém
que havia ligado pra própria casa e atendeu um estranho. O sujeito que
tinha ligado perguntou: "Quem é que está falando?" E "do outro lado da linha" escutou: "É o assaltante." O cara que ligou ficou perplexo, sem palavras…. --------
Agora, sempre que eu não reconheço a voz de quem ligou e a pessoa "do
outro lado" pergunta pelo meu nome verdadeiro completo, vejo logo que é
telemarketing e, quando ele pergunta com quem está falando, respondo: "É o CARA DA OBRA!"
É infalível… o cara pede desculpas e tenta desligar logo, mesmo que
você puxe conversa.. faz tudo pra desligar. Ninguém quer oferecer cartão
de crédito VIP pro "cara da obra", pra não queimar o 'status Van Gogh'
do banco. O BANCO nem imagina que se fosse há 150 anos, o "cara da obra"
poderia ser o Vincent Van Gogh. -------- Lembrei de outra conversa no telefone, mas é um grampo, digna de ser divulgada no "Dia das Mães":
Há uns anos, eu estava vendo um RJ-TV, depois do almoço e vi uma
reportagem sobre a prisão de um assaltante. (assaltante comum e não
assaltante de dinheiro público.) A polícia havia grampeado o
telefone da mãe de um suspeito de assalto a banco. Toca o telefone, na
gravação e a mãe atende, diz "alô" e escuta: "Mãe. Tá sentada? Sabe o qu'eu fiz hoje?" E a mãe, com voz se angustiando…: "O que cê fez, Wéllinton?" E o filho, orgulhoso: "Mãe, 'saltei' um banco!" E a mãe… "Mas cê é doido, Wéllinton?…" ::
MARIO BAGG EMPREGO PREGO & UM GRAMPO :: Uma vez, às 10 da noite, eu
já estava QUASE dormindo, quando toca o telefone. Eu atendo e o sujeito
me disse, do outro lado da linha (ainda se fala "do outro lado da
linha"?- mesmo se o telefone for celular?): "Boa noite. Eu sou
representante do Banco Santander e o senhor foi sorteado entre os nossos
melhores clientes pra receber nosso cartão 'Van Gogh'…" Eu interrompi, logo, o sujeito:
"Ah, muito obrigado mas não me interessa não. Não uso cartão de
crédito. Aliás, nem tenho. Uso só o de débito. Muito obrigado. Boa
noite." Como não houve resposta, esperei uns segundos e desliguei. Um minuto depois, o telefone tocou, novamente. "Olha aqui, eu tô trabalhando, viu ô BABACA? Vai desligar esse telefone na cara da ..." E antes que ele botasse minha (já falecida) mãe no meio da linha, bati (agora sim) o telefone na cara do sujeito. Acabei perdendo o sono. E fiquei, deitado, me perguntando: P-O sujeito precisa de emprego? R- Sim, precisa. P- O emprego é chato? R- Sim, é chato. P- É chato só pro empregado ou é chato pra outros? R- É chato pro empregado e pra outros…
P- Você é obrigado a escutar o sujeito durante 25 minutos MESMO se, no
final da conversa, não for comprar o que ele está lhe oferecendo? R-
Não, não é obrigado. E acho que é até mais honesto dizer: "Não estou
interessado, muito obrigado!" - e deixar o sujeito com mais tempo livre
pra procurar outros possíveis clientes. Depois, quando o sono foi chegando, tive pensamentos mais profundos:
"Como é que um banco põe o nome de 'Van Gogh' num cartão VIP? Nunca
deixariam Van Gogh, sujo e doido, entrar num banco Santander. Aliás,
talvez nunca telefonassem pro Van Gogh já que ele tinha uma orelha
faltando". -------- Não adiantou NADA. No dia seguinte, as 22:30 h., o mesmo sujeito ligou…
Me lembrei que, uma vez, vi na TV uma reprodução de gravação de alguém
que havia ligado pra própria casa e atendeu um estranho. O sujeito que
tinha ligado perguntou: "Quem é que está falando?" E "do outro lado da linha" escutou: "É o assaltante." O cara que ligou ficou perplexo, sem palavras…. --------
Agora, sempre que eu não reconheço a voz de quem ligou e a pessoa "do
outro lado" pergunta pelo meu nome verdadeiro completo, vejo logo que é
telemarketing e, quando ele pergunta com quem está falando, respondo: "É o CARA DA OBRA!"
É infalível… o cara pede desculpas e tenta desligar logo, mesmo que
você puxe conversa.. faz tudo pra desligar. Ninguém quer oferecer cartão
de crédito VIP pro "cara da obra", pra não queimar o 'status Van Gogh'
do banco. O BANCO nem imagina que se fosse há 150 anos, o "cara da obra"
poderia ser o Vincent Van Gogh. -------- Lembrei de outra conversa no telefone, mas é um grampo, digna de ser divulgada no "Dia das Mães":
Há uns anos, eu estava vendo um RJ-TV, depois do almoço e vi uma
reportagem sobre a prisão de um assaltante. (assaltante comum e não
assaltante de dinheiro público.) A polícia havia grampeado o
telefone da mãe de um suspeito de assalto a banco. Toca o telefone, na
gravação e a mãe atende, diz "alô" e escuta: "Mãe. Tá sentada? Sabe o qu'eu fiz hoje?" E a mãe, com voz se angustiando…: "O que cê fez, Wéllinton?" E o filho, orgulhoso: "Mãe, 'saltei' um banco!" E a mãe… "Mas cê é doido, Wéllinton?…" ::