'Na era do paciente virtual, médicos deixaram o exame físico de lado'
Para professor de medicina da Universidade Stanford (EUA), uso atual da tecnologia acaba impedindo que profissionais e doentes se conectem
Ha coisas que só a mão humana pode fazer, como ver se há dor em um local em particular. Não há máquina no mundo que possa fazer um reflexo do joelho e transmitir a informação de um reflexo do tendão. Nesta era de biomarcadores e outros testes, nós esquecemos o valor do exame físico.
Como médico na zona rural do Tennessee, na década de 1980, eu cuidava de muitos pacientes com HIV/Aids. Na época, não havia nada para impedir o progresso da doença. Um dia a mãe de um paciente chegou à clínica pedindo que eu fosse ver o filho, à beira da morte. Fui até lá, examinei-o, disse que não o abandonaria. Logo depois, ele morreu. Mas a minha visita teve um profundo efeito sobre ele e a família.
Era isso que os médicos faziam antes dos antibióticos, das salas de cirurgia estéreis e dos dispositivos médicos eletrônicos em abundância. Eles eram capazes de dar conforto, mesmo quando não havia chance de cura. Esse é um poder da relação médico-paciente que os médicos nunca devem esquecer.
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