Coluna do LAM: Na TV, a incrível história das entrevistas do Pasquim
"Uma vez presenciei um ataque de fúria de Paulo Francis, dois dias após uma invasão da tigrada. Ele espumava e berrava "eu vou me imbecilizar, eu quero virar imbecil, ir pra porta do Ponto Frio pra ver fogão novo chegar e TV a cores passando jogo de futebol. Eu vou me lobotomizar no Maracanã lotado e brigar na arquibancada, apanhar e bater vestindo camisa de escroto...eu vou desfilar como alegoria de torturador-bicheiro-traficante-sambista na avenida porque eu sou uma alegoria popular. Eu sou um merda porque penso, reflito, sinto...mas ainda bem que bebo até cair (na época), exatamente como essa escrotália gosta!"
Um deles (me concedo um off) tinha um estilingue. Estilingue do
nordeste, borracha grossa, alta potência. Ia lá para o último andar da
casa e, usando bilha de rolimã, acertava falsos funcionários da
companhia telefônica (na verdade agentes da ditadura) que ficavam
pendurados nos postes da Saint Roman ouvindo as conversas da redação.
"Menos um!!!!", comemorava essa grande figura quando derrubava um deles.
Burra, a ditadura achava que as estilingadas partiam da favela e, como sempre se borrava de medo de favela, ficava quieta. As Veraneios pretas (camburões da Chevrolet que serviam as polícias oficial e clandestina) rondavam o jornal como hienas 24 horas por dia. Gozado, ainda hoje os camburões são Chevrolet, só que Blazer. Deve ser coincidência ou resíduo paranoico."
leia mais na coluna de Luiz Antonio Mello >
Coluna do LAM: Na TV, a incrível história das entrevistas do Pasquim:
Burra, a ditadura achava que as estilingadas partiam da favela e, como sempre se borrava de medo de favela, ficava quieta. As Veraneios pretas (camburões da Chevrolet que serviam as polícias oficial e clandestina) rondavam o jornal como hienas 24 horas por dia. Gozado, ainda hoje os camburões são Chevrolet, só que Blazer. Deve ser coincidência ou resíduo paranoico."
leia mais na coluna de Luiz Antonio Mello >