As entranhas do reino que Blatter chama de seu estão escancaradas, e o cheiro que delas exala é pútrido
"Um mês antes do pleito, Michel Platini, atual presidente da Uefa e equivocadamente visto como alternativa ética à era Blatter, teve um almoço no Palácio do Eliseu não constante da agenda do então presidente Nicolas Sarkozy.
Participaram do almoço secreto Tamim ben Hamad al-Thani, então príncipe herdeiro e hoje emir do Qatar, e Sébastien Bazin, à época presidente do clube Paris-Saint Germain (PSG). O negócio tratado: a venda do PSG para o Qatar, do interesse da França, em troca do voto de Platini. O ex-craque dos Bleus admite que as duas coisas ocorreram, mas que seu voto não foi negociado. Coincidência ou não, seu filho Laurent foi contratado pouco depois como CEO de uma nova empresa de material esportivo do Qatar instalada na Europa.
De acordo com informações colhidas pelo “Sunday Times” junto à rede de embaixadas britânicas e serviços de inteligência privados, o governo de Vladimir Putin teria presenteado o mesmo Platini com uma tela de Pablo Picasso da coleção do Hermitage. Já o belga Michel d’Hooghe, do Comitê Executivo, teria recebido o quadro de uma paisagem camuflada em sacola de supermercado. Platini nega frontalmente essa alegação, enquanto o belga admite o mimo mas acrescenta não ter votado na Rússia. Ademais, acrescenta ele, o quadro era medonho."
leia mais na coluna de Dorrit Harazim
Estreia cinco estrelas - Jornal O Globo