Ad Men
Interessante a "resolução" para a longa história de procuras & buscas de Don Draper.
E se você não assistiu ainda ao último episódio de Mad Men, PARE DE LER ISTO AGORA.
Matthew Weiner encapsulou em poucos minutos o final também da historia dos anos 60. De como os ideais da contracultura foram encorporados pelo universo de uma sociedade capitalista voltada para o consumo, empacotados e revendidos.
Muito do público chateou-se pela espiritualidade desvirtuada no finale. Quando Don, ou melhor, Dooommmm, parecia estar atingindo o nirvana de uma vida leve e solta, dick whitman na estrada, estava era tendo uma revelação Kodak. Ele, que não fora feito para aqueles tempos, pressentiu finalmente que os tempos estavam a mudarem-se, e não precisou de metereologista para ver como soprava o vento no alto daquerla colina. Sua resposta, meu amigo, tava vindo no vento.
Quem achou isto de um cinismo atroz não vem acompanhando as opiniões proferidas por Weiner a respeito daqueles tempos. Nascido nos anos 60, nunca embarcou no que considerava balela do hype hippie, no papo dos protestantes e no ôba-ôba dos odaras. Crescendo nos anos 80, nas décadas do EUgoismo, yuppismo rolando nas pistas, o que ele via da era da aquarius eram corpos e mentes debandando para o sistema, traições renegando o outrora, doidões pela hora de se dar bem levando vantagem em tudo. Casacas - multicoloridas e repletas de miçangas - viraram.
Paz e amor? Esse papo seu tá qualquer coisa. O que o mundo quer hoje é Coca-Cola. Isso é que é.
ps - se lá eles foram de Coca,
aqui nós fomos de Pepsi:
Só tem amor quem tem amor pra dar
Só o sabor de Pepsi nos mostra o que é amar...
Foi aí que descobrimos que liberdade é uma calça velha azul e desbotada.