Estado perseguiu movimento gay na ditadura — CartaCapital

Em um cenário de censura, vigilância e polarização política, somavam-se aos problemas enfrentados pelas organizações de luta pelos direitos homossexuais o desprezo e até mesmo a hostilidade dos movimentos da esquerda, além da perseguição oficial do Estado ditatorial no Brasil.
"“Nós, homossexuais, tivemos que enfrentar a existência de uma esquerda ortodoxa e autoritária que não compreendeu, naquela época, a urgente necessidade de também se pensar a sexualidade humana, o machismo e o racismo conjuntamente com as demais causas sociais.”
Ela lembrou que, em 1979, o grupo de militância lésbica do qual participava tentou integrar o 2º Encontro da Mulher Paulista realizado na PUC. “As mulheres ligadas a organizações políticas autoritárias e centralizadoras pregavam que não existia a violência contra a mulher, a única que de fato existia era a violência ditatorial sobre homens e mulheres da classe operária”, contou. “Para elas, as nossa propostas de se refletir as especificidades das mulheres eram elitistas e pouco interessavam ao povo e à revolução. Assim, fomos acusadas de dividir a luta ‘maior' e de sermos contrárias à luta contra a ditadura.”"
leia a reportagem de Mariana Melo >
Estado perseguiu movimento gay na ditadura — CartaCapital: