Bárbara Nascimento, professora e ativista: 'A lotação do Vidigal está esgotada'

"A pessoa quando conhece seu lugar se reconhece como indivíduo. Aqui, uma população já marginalizada corre o risco de perder o sentido de pertencimento: o seu lugar está sendo negado. A memória pode ensinar que há uma história, uma identidade, que é preciso ficar, combater a gentrificação, e que isso inspire outros povos.
Estou estudando para meu mestrado a relação de quem está aqui com quem vem de fora. Como lidam com os visitantes, a classe média que compra a casa do vizinho, os gringos e a turma que vem para essas festinhas na favela nas quais não vai favelado.
Sou contra a apropriação. Estar passeando com meu filho e ser fotografada. Não sou macaco. E sou contra a alta dos preços de imóveis. Como fica para quem aluga? Antes, o interesse era pela Rua Nova e pela Rua 3, que não são favela. Agora querem ficar nos lugares que são nossos.
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Bárbara Nascimento, professora e ativista: 'A lotação do Vidigal está esgotada' - Jornal O Globo
foto Domingos Peixoto