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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    sexta-feira, outubro 31, 2014

    A banalidade do extermínio

    "É muito difícil, para nós, no século XXI, olhar para a Alemanha dos anos 1930 e compreender como eles conviviam com isso. Olhar para os nossos antepassados e compreender como se convivia com a escravidão. Mas nós estamos indo pelo mesmo caminho.Convivemos com uma tragédia de proporções indescritíveis com uma normalidade que não será perdoada pela História. E por quê? Não nos enganemos. Os que morrem são em sua maioria negros, são pobres, são invisíveis.

    Não pensamos que, por trás do número de um milhão de mortos, há um milhão de mães, de familiares, de vidas roubadas, histórias interrompidas. Tornamos tudo isso invisível. Não se resolve o problema dos homicídios com um passe de mágica. Políticas públicas complexas são necessárias. Mas o primeiro passo é perceber que a tragédia não é banal, não é apenas um notícia de jornal, é chamar a atenção de que não queremos passar para a História como outra geração que tolerou a morte em massa de jovens. Não queremos que nossos netos tenham vergonha de nós."

    mais no artigo de Atila Roque e Pedro Abramovay > 

    A banalidade do extermínio - Jornal O Globo

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