"A fragilidade emocional do time de Felipão é em parte efeito dos problemas técnicos e táticos "

"A vitória da seleção brasileira contra a chilena conteve uma experiência da derrota. Geralmente, um jogo assim, duro, vencido nos pênaltis, fortalece um time, dá-lhe “casca”, justamente por ter sofrido, por ter sentido de perto a possibilidade da derrota e ter triunfado sobre ela. É como uma provação, um rito de passagem. Mas suspeito que para nosso time a vitória não deixou essa sensação. Mais uma vez vimos a equipe não apenas repetir os problemas, e mesmo agravá-los; confirmamos também que Felipão não tem variações táticas capazes de responder a eles; e vimos ainda o time colapsar em campo, durante boa parte do segundo tempo. Nada indica, a esta altura, que a equipe irá encaixar, que encontrará seu melhor jogo."

"Sobre o peso da responsabilidade, creio que ele é intensificado por características da sociedade brasileira. Não somos uma sociedade meritocrata, que reconhece o valor do esforço. Aqui não se julga uma performance pelo empenho e a competência (com todas as variáveis e nuances que ela mobiliza), mas pelo resultado, e esse não pode ser outro senão a vitória absoluta. Somos um país onde um atleta pode se tornar vilão se esperavam dele uma medalha de ouro e conquistar “apenas” uma de bronze. "

leia a coluna de Francisco Bosco

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