Via IRIS: 7 días en la Habana (dir Benicio del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman, Gaspar Noe, Juan Carlos Tablo, Laurent Cantent, 2012)

Embora basicamente o filme aborde a interação de olhares e mentalidades de estrangeiros com cubanos, o episódio de que gostei mesmo era o único sem estrangeiros, dirigida por Laurent Cantet. Uma velha sonha com um requintado altar para a Virgem Maria e mobiliza todos da vizinhança na empreitada de realizá-lo.

Bons também o episódio engraçado e comovente de Pablo Trapero com Emir Kusturica e um motorista saxofonista (fera!) e o muito bem filmado ritual de depuração e limpeza do homossexualismo (por Gaspar Noe).  Como a cena do travesti voltando triunfalmente pelo lobby do hotel com seu boné-troféud e Nova York. Aliás, o preconceito anti-gay acaba sendo uma das temáticas em comum entre alguns episódios. O que falta é coesão e melhor alinhavamento.

Passei  sete dias em Havana conhecendo suas gentes e passando por seus lugares. Sim, é um filme de gentes e não de ideologias. O único episódio com uma linha subjetivamente “política” é a do observador Elias Suleiman,  vendo as belezas do mar e as coisas acabando, parando de funcionar, enquanto Fidel fala e fala e fala na TV.