Renato Mauricio Prado: Os espertalhoes e o Manezao
Com DNA de elefante branco assegurado pelo gigantismo e pela localização num estado nanico no futebol, o novo “Mané Garrincha”, em Brasília, estreará no Brasileiro já envolto em estranho negócio. Com a renda de seu primeiro jogo estimada em, pelo menos, R$ 7 milhões (os ingressos custam de R$ 160 a R$ 400), descobre-se que o Santos receberá apenas R$ 800 mil e o Fla, nada...
Quem ficará com a maior parte da bolada (algo em torno de R$ 6 milhões)? A repórter Camila Mattoso, da Coluna “De Prima” do diário Lance!, resolveu investigar e descobriu que a partida foi comprada por uma empresa aberta em maio do ano passado, a Aoxy, ligada a Wagner Abrahão, empresário do setor de turismo, com notórias ligações com a CBF desde os anos 90, nos tempos do ex-presidente Ricardo Teixeira.
Será dela a parte do leão, pois além da cota fixa do Santos, apenas a Federação Paulista de Futebol faturará alguma coisa: R$ 200 mil, por ter permitido que o jogo, de mando de campo do Santos, fosse transferido para a Capital Federal.
Detalhe: por ser considerado “evento teste” para a Copa das Confederações nem sequer o aluguel do estádio será pago. Que negócio da China, hein? Manezão nessa história, só mesmo o povo brasileiro, que bancou, com seus impostos, a obra faraônica de R$ 1,5 bilhão. Imagina na Copa...
- RMP