Brasil deixa de exercer soberania sobre a web
A votação sobre o Marco Civil foi adiada.
A Câmara decidiu não decidir. Deixou que questões relativas à rede continuem à deriva. Ou melhor, sendo decididas na esfera "privada", sob influência de grupos de interesse.
Trata-se do princípio que impede a internet de se desagregar em uma espécie de TV a cabo. Nessa visão, a web pode ter "pacotes de serviços". Por exemplo, quem assinar um "plano básico", poderia usar só e-mail e redes sociais. Um plano "premium" daria direito a músicas e vídeos. O "superpremium" permitiria download de arquivos. A rede assim deixa de ser aberta. Novos serviços passariam a depender da autorização prévia das teles.
Se um site faz monitoramento, cabe ao usuário decidir se quer acessá-lo ou não. Mas, se o monitoramento é feito na raiz, pelos provedores, a única maneira efetiva de evitar ser monitorado será não acessar a internet -ou mudar de país.
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Folha de S.Paulo - Tec - Brasil deixa de exercer soberania sobre a web - 26/11/2012: