Arnaldo Bloch caminha pelas ruas de Realengo e....
Nas ruas de Realengo o povo vai transformando o medo e a perplexidade em força para reagir
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Existem dias que, melhor seria, não amanhecessem
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As fitas se multiplicam, mas a verdade é que não há mais cena do crime: a multidão está mais interessada em imaginar, submergir, reviver, reconstituir, aquilo que sequer testemunhou, mas cujos elementos já estão na internet e na TV.
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Um repórter televisivo prepara-se para entrevistar uma senhora com ar resignado. "Mãe de aluno" ele diz para a câmera, no tom impessoal de uma claquete. Nos terraços dos casebres as equipes montam cenários para entrevistas. Não faltam testemunhas, e a impressão, pelos falares da rua, é que não há morador de Realengo que não conheça uma das vítimas, ou, ao menos, parentes ou amigos das mesmas. "O moço quis me filmar, mas eu não deixei", diz uma menina ao amigo, orgulhosa do interesse que despertou e também de sua recusa. "Mas tinha câmera mesmo?". "Tinha".
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