Hermano Viana: "Voltamos ao padrão básico de consumo musical da humanidade"
Vivemos uma grande transformação cultural no modo como nos relacionamos com a música. Mais precisamente: voltamos ao padrão básico de consumo musical da humanidade, aquele que prevaleceu na maior parte das culturas e mesmo na história da chamada civilização ocidental até pelo menos o início do século XX. Música quase sempre foi um bem efêmero, sem registros físicos (mesmo partituras são invenções recentes). Só com a chegada dos toca-discos e depois dos gravadores é que isso mudou e as pessoas aprenderam a comprar discos e fitas para escutar em casa na hora que sentissem necessidade. |
Mesmo durante o tempo de império do fonograma, as comunidades que ainda produziam “folclore” tinham uma outra relação com a arte sonora, nunca tratada exatamente como arte. Não havia divisão clara entre quem tocava e quem escutava, tudo era feito na hora, mais ou menos improvisadamente, com autoria coletiva. A ideia de se registrar aquilo para escutar depois, fora da festa, não fazia sentido. Para escutar novamente aquela música, ou para fazer de novo aquela música, a gente precisava esperar por novas festas. Read more at www.substantivoplural.com.br |
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