Manifesto: HUMOR SEM CENSURA
Quando o Estado proíbe o direito de expressão e impede os cidadãos de exporem suas idéias e a livre imprensa de se pronunciar, damos início a um retrocesso inaceitável, nos remetendo ao totalitarismo. Neste ato, não temos a intenção de minar o Governo atual, apenas queremos que tal atitude seja revista pelas autoridades eleitorais. As restrições impostas aos profissionais do humor são francamente inconstitucionais, uma forma arbitrária e espúria de censurar o seu trabalho, silenciando-os.
No exercício da democracia, informar e criticar não somente é um direito, mas um dever. Queremos ter o direito de cumprir o nosso dever. Não é com a mordaça que exercitamos a democracia, mas com a liberdade de expressão e de criação. Que o nosso humor possa servir de carapuça para os que se locupletam com as jogadas infames da política imoral.
Por que querem nos cercear? Por ridicularizarmos os corruptos que nos ridicularizam? Ou por apontarmos de forma jocosa aqueles que traem a nós e também à Pátria, de forma indecorosa?
Que os detentores do poder eleitoral guiem-se pela consciência democrática, pelo bom senso da cidadania.
Que em um exemplo de fidalguia, reconsiderem, em nome da decência e da moralidade, as medidas tomadas que denigrem a imagem do Brasil junto aos países que praticam a democracia.
Que sejam isentos de apadrinhamentos e de servidão diante dos interesses politiqueiros e nos dêem uma demonstração de lisura para que possamos retornar, com altivez e humor, à liberdade de expressão.
E, por fim, que o eleitor possa decidir ele mesmo rir ou não com determinada piada e, principalmente, que possa decidir o que fazer com seu voto.
Rio de Janeiro, 1º de agosto de 2010.
Marcadores: artigos