In Verno Veritas
Quando chega o frio
e as pessoas se agasalham
solerte saio sem um pio
e pouco a pouco me acanalho.
A serração encerra a ação da minha pulsão calhorda
A neblina encobre minha sina de maligna cafetina
E na garoa agarro a dor e a
Afogo em chuviscos. Despenca a temperatura
por precipícios invernais.
E mais:
calado e enregelado sinto o
cálido ser apagado desse cálice sagrado
que se chama chama da vida.
Não me aqueço porque não me esqueço de que eu não mereço e desapareço.
E quem paga o preço
são aqueles que no inverno desabotoam o rigor do inferno.
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