Sarney para se coçar
Parado na banca vendo as manchetes (típica cena carioca). Ao meu lado um senhor bem velhinho. Pelo visto (ou nao visto) não conseguia enxergar as letras nos jornais pendurado. Pois do seu lado outra pessoa (pela semelhança um filho, talvez) lia para ele as manchetes e comentava o noticiário.
Ele lia os títulos sobre o Sarney.
Narrava os envolvimentos em escandalos com sua voz escandalizada.
E o velho só comentava, num resmungo escandido:
- O Sarney... O Sarney...
Quem diria, hein...
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José Sarney é um coronel oligarca prepotente vivendo à margem do tempo e na beira do precipício do poder. Sob o verniz da literatura camadas de astúcia autoritária.
Deveria ter se aposentado ou ter sido encaminhado para as varandas dos casarões.
Mas nitidamente há uma movimentação planejada para petelecá-lo da presidência do senado. Denúncia após denúncia. Conversas telefônicas não vazam à toa. A qual setor interessa ferir essa morsa?
Querem destabilizar Lula?
Detonar a candidatura Dilma?
Imolar Sarney como bumba-meu-boi de piranha, enquanto os demais mequetrefes atravessam o rio da corrupção?
O que se esconde sob os fios de bigode?
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