live earth muito vivo
O lado musical pode ser legal
(embora como sempre tenha muita baba no meio - e não estou falando do Baba Maal)
mas pelo lado político ou de conscientização ou ecológico ou o nome que queiram dar
esses live-earths para mim
são imensos comícios de Al Gore que o candidato conseguiu montar em vários locais do planeta
e com audiencia massiva pela TV e internet.
Aliás, todo esse aparato ecológico que o cerca
(embora as inconveniencias das verdade que diz no célebre filme
e sua bandeira verde seja válida)
é visto por mim ainda com desconfiança.
Agora temos aí o Gore musical, liderando movimentos roqueiros, mobilizando músicos pelo mundo.
Pois para mim ainda é o Al Gore que, quando congressista, esbravejava em comissões de inquérito contra o conteúdo das letras de rap e do rock.
Sim, as pessoas podem mudar
mas um pouco de memória sobre quem foram os pretensos líderes também ajuda.
adendo
voltando aos mega-concertos:
muitos já levantaram por aí o fato do evento ser contra a poluição e ao mesmo tempo um fator altamente poluente ao deslocar e reunir tantas pessoas em locais para onde vão queimando combustíveis, com seu rastro de lixos & detritos
Matthew Bellamy, do Muse, cita também a hipocrisia do line-up incluir artistas que estão ao mesmo tempo nas telas fazendo anúncios dos carrões SUVs devoradores de petróleo.
Eu achei estranho a transmissão aqui pelo multishow ser patrocinado, entre outros, pelo Corsa, que por mais flex que seja é um automóvel elemento principal de da deterioração do planeta.
Mas isso sou eu, um ranzinza
que acha um absurdo a Oi estar tompeteando como revolucionário e resistência a valores
o fato de vender celulares desbloqueados
quando até agora a Oi também insistia com essa prática absurda e idiota de querer controlar o uso dos chips nos celulares. De repente caiu a ficha telefônica?
adendo dois
e, antes de despedir, lembrando ainda o Al Gore
este político que tem uma mansão nada verde e ecologicamente correto.
Escrevi "memória" acima e sobre esta questão passo o texto ao Jamari França - um que tem memória - conforme escreveu em O Globo:
Iniciativas de um político que já foi vice-presidente dos Estados Unidos e tem no currículo algumas iniciativas duvidosas em troca de apoio, sempre provocam suspeitas de que esteja manipulando todo mundo de olho, quem sabe, numa futura candidatura à Casa Branca. Nesta trajetória ele poderia ter iniciativas duvidosas como aconteceu em 1987, segundo reportagens da revista Newsweek e do Wall Street Journal. Nos estados do Tennessee e da Carolina do Norte o rio Pigeon foi pesadamente poluído pela fábrica de papel Champion International, a ponto da água ficar com cor de café e exalar cheiro ruim. Gore fez campanha contra a poluição e pediu providências à Agência de Proteção Ambiental (EPA).
De repente mudou de posição porque dois políticos dos quais precisava para as primárias, o senador Terry Sanford e o deputado Jamie Clarke, da Carolina do Norte, lhe ofereceram apoio se deixasse a fábrica em paz. Gore voltou a procurar a EPA para pedir que fosse menos rigorosas em relação aos padrões ambientais da Champion. Foi atendido, recebeu o apoio e venceu no estado. Uma atitude bem inconveniente.
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