Internet calando
Mais uma da série
a internet não é mais aquela pela qual me apaixonei...
As megacorporações da industria musical americana continuam atacando a fim de restringir o acesso das pessoas à música.
Seu alvo agora são as webrádios
sites que tocam música
seja como espelhos de rádios comercialmente constituídas
seja com mecanismos de reprodução como pandora, lastfm, etc
ou seja mesmo sites pessoais ou alternativos que façam streams auditivos.
Para mim uma parte essencial e entusiasmante da internet
pois quando navegando ou usando o computador ou mesmo com a máquina ligada por qualquer motivo
estou empre sintonizado em alguma webradio
onde exploro os sons, conheço artistas, reouço e recordo canções
as webradios são a trilha dos meus dias (e noites).
E agora podem acabar.
Pois terão que pagar royalties pelas músicas tocadas
taxas de grana para as corporações
(que, como já escrevi aqui, bradam muito a favor dos direitos dos artistas mas acabam sendo omissos na hora de repassar as granas para quem cria a música).
A questão é que as taxas para tocar músicas na internet são exorbitantes
(alguns diriam escorchantes)
levando a IMENSA maioria das webradios a sairem do ar
mesmo as ligadas a rádios reais ou com alguma esquema que a sustente.
Por exemplo: as taxas são quatro veze maiores do que as grandes empresas de difusão por cabo ou satélite pagam
(e por isto as empresas jogam um lobby pesado por esta taxação interneteira pra eliminar essa possível concorrencia).
E mais: nos EUA as rádios comuns não pagam NENHUMA taxa para tocar músicas
(pelo contrário, quase todas levam jabá e outros cafunés).
Qual o sentido então desse peso sobre as webrádios?
O dia 15 de maio era o prazo pra que as webradios passassem a pagar às megagravadoras.
E mais: não só passariam a ter que relacionar canções tocadas e pagar pesadamente de acordo
como teriam que bancar, de uma vez só, o pagamento por playlists executados desde janeiro de 2006! É retroativo!
Pressões sobre o Congresso americano conseguiram adiar a data até 15 de julho.
Mas a coisa toda ainda periga.
15 de julho já está sendo chamado de "The Day the Music Died" (ecos de American Pie).
Uma coalização de webcasters e artistas e outros batalhadores está no
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