Comentários que acabam virando posts
E lá fui eu com meu nariz de palhaço (ainda bem que guardei dos tempos de manifestações contra a reitoria da USP e as privatizações no Governo FFHHCC e Mario Covas/ Geraldo). No caminho, tudo parado, nem boca de urna! Lembrei da frustração de um grande amigo, militante do PT, dos tempos em que os partidos os tinham. Ele carregava a bandeira vermelha, camiseta e tudo mais. Era eleição, ou melhor, reeleição do FH, e um guri chegou pra ele e disse: "Tio, qto c tá ganhado pra fazê campanha?".
Cheguei no colégio e percebi que só assim pra rever o povo da adolescência, quase todo mundo vota no mesmo lugar e trabalha na eleição. Mas o jeitinho brasileiro de tudo passar por relações pessoais, não me favoreceu dessa vez. Pedi ao meu amigo, que ficou com as justificativas, para me deixar justificar meu voto, afinal, eu não queria votar em ninguém! Quer melhor justificativa? Mas ele não deixou.
Contudo, algo de bom graças às eleições aconteceu: não conseguia achar meu título e revirando as coisas, achei um exemplar da Chiclete com Banana de 86 (Rê Bordosa! ) e um da Geraldão - que eu pensava não mais conseguir rever! Ah, que bom seria se o Geraldo aí, fosse o Geraldão, numa chapa com a Rê, vice. Iria com mais ânimo às urnas.
Mas eu tentei inovar, digitei 666 pra senador, mas não aconteceu nada... esses programadores de urna eletrônica deveriam ser mais espirituosos, né?
- Nice Merhej
Nice, beduina, companheira dos tempos antigos do blog0news, retornando à cena com este relato.
Obrigado, Nice.