Via IRIS: Anything Else (Woody Allen, 2003)
Cada lançamento novo de Woody Allen é aguardado com expectativa, sem sabermos como será.
Mas como? - alguém pode perguntar. Expectativa por que? Todos os filmes dele são iguais, girando em torno de seu personagem, o intelectual neurótico para quem as coisas dão erradas ou a vida é cheia de inseguranças
que fala sem parar e solta frases engraçadas.
Mas a expectativa - e a possível surpresa - agora é pra conferir se o filme funciona ou não. Woody Allen continua filmando sem parar e alguns de suas últimas obras não ficaram tão boas dentro de sua carreira genial.
Bem... não importa. Há os que professam a linha do um-woody-allen-menor-é-melhor-que-a-maioria-dos-outros-filmes.
Melhor, não. Saboroso, sim.
Me aproximei deste Anything Elses em levar a menor fé
tanto que demorei para vê-lo
sem a fissura woodyana de antanho
mas deste gostei.
Com algumas tiradas bem engraçadas.
Woody Allen finalmente se tocou que está velho para formar par romântico
(até soon-yi já cresceu)
e botou um ator novinho fazendo seu personagem eterno.
Jason Biggs? American Pie?
Isto poderia destruir tudo, mas até que o garotão não compromete.
Allen transforma-o num clone seu, é claro, imitando seus maneirismo,
a maneira gaguejada de falar, a postura física, o falar-pra-câmera.
Mesmo assim, quem domina o filme é o próprio Allen, mesmo coadjuvante. As melhores cenas são com ele. E seu personagem Dobel, com a paranóia judia, é muito interessante.
Assim como a personagem de Christina Ricci é muito interessante.Tanto esta personagem quanto a caracterização que Ricci faz dela são a maior graça do filme.