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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)


  • terça-feira, abril 27, 2004


    COMENTÁRIOS QUE ACABAM VIRANDO POSTS

    Referem-se a este post.
    (leia antes)

    Acho que levar um bandido no carrinho é muito mais mais respeito do que deixá-lo às moscas e vermes decompositores, em suma, a polícia errou ao fazer isso.

    - Blanka


    É...pode ser... não tinha pensado assim: pelo menos o cara trouxe o corpo aqui pra baixo.
    Mas seria por respeito ou como troféu de caça?


    cara, vc é um policial, no rio de janeiro, em 2004, vc realmente acha q uma pessoa nessa situação se impressiona com um morto? pense bem, se coloque no lugar do policial, isso é rotina pra ele, vai culpar o cara só pq toda a violencia q o rodeia o deixou "insensivel", pensa um poco, esse cara vê gente morta como vc aí da classe média vê pão francês, pra ele deve ser mais horrendo ser lambido por um cachorro do que carregar um defunto. o que queriam q ele fizesse? chorasse? ahhh, pelamordedeus, para com isso, ou não...



    Bromco, gostei de seu comentário. Gosto de textos radicais. Você botou a situação bem em perspectiva com a realidade.

    Não sei quanto aos opinantes que agreguei ao meu post inicial
    mas quando publiquei o assunto não pretendia crítica ao policial.
    Como você escreveu, essa é a realidade do cara. Rotina de trabalho.

    O que eu gostaria de questionar é justamente esse mundo, esses mores, essa realidade, essa rotina, essa violencia, que leva um policial - ou qualquer trabalhador - ou qualquer pessoa - a ter incorporado a dessenssibilidade ao seu normal. Com seu carrinho de mão, ele é um peão da violencia.

    Concordo que para ele um lambida de cão pode ser mais nojento que um presuntão. Ou não - vá ver que desceu o morro olhando pro cara morto no carrinho e pensando na vida e na morte... mas de toda forma há uma inversão nesses valores, ou ausencia de valores. Não?


    Os erros que estão sendo questionados não é somente o ato do policial, temos também que pensar no ato dos jornalistas sensacionalistas que publicaram a foto.



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