Trazer artistas internacionais para um evento é um processo bastante complicado. Primeiro você define os nomes que gostaria de convidar, entre as várias possibilidades, todas excelentes, nas quais você tem pensado durante o ano. Depois você tem que conseguir maneiras de contatar esses artistas. E depois de contatá-los, convencê-los. E tem os que até gostariam de vir mas tem problemas de datas (as agendas dos famosos então exigemmuita antecedencia). Aí você passa para os substitutos dos que não poderiam vir, montando um quebra-cabeça, onde se deve levar em consideração diferenças de estilos, os debates programados, a relevância com o tema do evento...
No caso do Salão Carioca buscamos um equilíbrio entre locais de produção de desenhos de humor. E entre representantes das modalidades do salão, entre chargistas, cartunistas, ilustradores, quadrinistas. etc. Entre artistas consagrados e revelações interessantes...
Estamos com alguns nomes confirmados mas agora um deles, Plantu, do Le Monde francês, nos comunica que preferirá ir a Cairo, de onde recebeu um convite pra uma exposição ligada ao seu trabalho.A opção imediata seria considerar outro francês, como Pancho (seu colega de redação) ou Mullatier,
mas como queremos debater aqui
a imprensa internacional diante do Império Americano, a invasão do Iraque, a dominação do conservadorismo, e a charge diante disto,
a princípio convidamos em seu lugar Steve Bell,
chargista aguçado do Guardian, jornal ingles,
e que está com o dedo (e o lapís) nas feridas.
Como exemplo uma charge sua: