
Responda rápido: se você fosse dono de um jornal, publicaria a cotação do dólar paralelo? Esse tipo de negócio pode ser altamemente lucrativo, mas não encontra respaldo algum na legislação brasileira. É uma atividade ilegal. Quem a faz não recolhe impostos e, em grande parte dos casos, compra e vende a moeda para lavar dinheiro. Mesmo assim, a variação cambial está sempre estampada nos diários. A questão de fundo está relacionada aos limites da prestação de serviço público por parte da imprensa. A mídia tem por obrigação informar aos leitores o que acontece na sociedade. Mas a quem interessa divulgar a cotação do mercado negro? A lógica dos editores é a de que, se está ocorrendo sob a atmosfera, é preciso noticiar. Só que o tráfico de drogas também acontece sem parar, mas nenhum jornal divulga a cotação das drogas nas bocadas. Está certo que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Mas...o que cê acha, nêgo?
Uma observação do Circo do Absurdo